Uma das cenas mais famosas do cinema de ficção científica é a do filme
“Planeta dos Macacos”, de 1968. Nela, o astronauta George Taylor viaja
pelo espaço e chega a um planeta governado por macacos inteligentes e
determinados a exterminar a população humana. Ao explorar a zona do
planeta devastada por uma guerra, ele encontra a Estátua da Liberdade
semienterrada e, só então, percebe que está em uma versão futura da
Terra.
Um espectador mais crítico pode se perguntar como Taylor demorou
tanto tempo para perceber que estava em seu lugar de origem, uma vez que
ele podia respirar normalmente, o clima era hospitaleiro e ele tinha se
deparado com espécies de vegetais e animais que já conhecia
anteriormente. Mas os realizadores do filme conseguiram deixar a
história mais crível ao colocar o personagem em locais que mais pareciam
de outro planeta. A Zona Proibida, por exemplo, era o Red Rock Canyon
State Park, na Califórnia, onde as imponentes formações rochosas podem
te fazer lembrar de Marte.
1. Wai-O-Tapu, Nova Zelândia
Com uma superfície borbulhante e uma paisagem de cores vivas,
Wai-O-Tapu seria um ótimo cenário para simular o lar de seres
extraterrestres. Maior parque geotermal da Nova Zelândia, seu nome
significa “águas sagradas” e seu território cobre uma área total de 18
quilômetros quadrados.
Mesmo que nem toda a reserva esteja aberta à visitação, o
turista poderá conhecer crateras colapsadas e entrar em piscinas
borbulhantes de lama vulcânica.
2. Rio Tinto, Espanha
Este pequeno rio da província de Huelva, Andaluzia, sudoeste de
Espanha, tem sua coloração devido a um ácido com pH 1.2. Além disso,
essas águas possuem alta concentração de metais e pouco oxigênio, o que
faz com que não existam muitas formas de vida no local.
O Rio Tinto foi considerado um “rio morto” por muitos anos, porém,
recentemente, foram encontradas algas microscópicas em sua superfície.
Esse fato fez com que a NASA escolhesse o local para investigações, já
que ele apresenta semelhanças com o planeta Marte.
3. Estrutura de Richat, Mauritânia
Você provavelmente já viu as fotos da “Grande Mancha Vermelha de Júpiter”,
que na verdade é uma tempestade gigantesca! Quando vista do espaço, a
Terra tem uma característica semelhante em sua superfície: a Estrutura
de Richat, na Mauritânia.
Situada no deserto do Saara, a Estrutura de Richat é um acidente
geográfico muito particular, formando um redemoinho circular com
aproximadamente 50 quilômetros de diâmetro.
4. Parque Nacional Etosha, Namíbia
Quando os cientistas estudaram as imagens capturadas pela sonda
espacial Cassini-Huygens, observaram um enorme lago sobre Titã, o maior
satélite natural de Saturno. Lá, o metano comporta-se quase como na
Terra, evaporando e caindo em forma de chuva, num ciclo sem fim. Este
lugar tem uma grande semelhança com outro aqui da Terra: o Parque
Nacional Etosha, na Namíbia.
Etosha, cujo nome significa "grande lugar branco" na língua dos
ovambo, é uma área de 4.800 quilômetros quadrados de extensão de argila
seca.
5. Deserto Pinnacles, Austrália
Essa parte do deserto no parque nacional de Nambung, na Austrália,
tem milhares de projeções de rochas levantando-se da areia e sendo
esculpidas pelos ventos, chuva e sol durante milhares de anos. Algumas
chegam a atingir 3,5 metros de altura, formando um cenário incrível.
6. Deserto do Atacama, Chile
Com uma área 2.440 metros acima do nível do mar, o Atacama é o
deserto mais alto e seco do mundo. Em alguns pontos, pode ultrapassar 4
mil metros! As temperaturas no local variam entre 0 °C durante a noite e
40 °C pelo dia, o que faz com que existam poucas habitações no local.
Com muitas dunas de areia e fluxos de lava, não é difícil relacionar o
Atacama às imagens mostradas por sondas robóticas. Aliás, esse é um dos
motivos pelos quais a NASA usou o deserto chileno como local de testes.
Em 2005, uma sonda detectou vida microbiana em um solo aparentemente
árido do Atacama, dando esperanças para os cientistas.
7. Craters of the Moon National Monument and Preserve, Estados Unidos
Esta região, de aproximadamente 1.600 quilômetros quadrados, pode
lembrar a superfície lunar quando impactada por meteoros. Porém, sua
paisagem é resultado do movimento de alongamento da crosta terrestre ao
longo dos anos.
8. Vales secos de McMurdo, Antártida
A maior região livre de gelo na Antártida é varrida pelo vento e
possui um terreno acidentado, que chega a se parecer com o de Plutão.
Cobrindo cerca de 15 mil quilômetros quadrados, seus vales foram
esculpidos por geleiras que há muito tempo não mais existem, deixando um
rastro de camadas quebradas e desgastadas pelas fortes ventanias.
A superfície contém depósitos de sedimentos marinhos, além de dunas e
cinzas, abrangendo uma camada de solo que tem milhões de anos. A falta
de gelo torna mais fácil o estudo dos processos geológicos que afetam a
Antártida.
9. Fontes Hidrotermais de Galápagos, Oceano Pacífico
Em meados da década de 70, os cientistas descobriram um local
particularmente diferente: as fontes hidrotermais, que penetram 2
quilômetros para dentro do oceano, perto das Ilhas Galápagos, no
Pacífico Sul. Dentro das aberturas, a água aquecida por atividade
vulcânica pode chegar a 400 °C.
10. Kilauea, vulcão no Havaí
Vênus, o segundo planeta mais próximo ao Sol, é o lar de mais vulcões
do que qualquer outro lugar no sistema solar. Sua paisagem é composta,
em grande parte, de planícies de basalto, um tipo de rocha formada por
fluxo de lava.
O mais próximo que podemos chegar disso na Terra é através da
formação de basalto negro, na Hawaii's Big Island. Um exemplo é o
Kilauea, o vulcão mais jovem e mais ao sul da ilha. Desde 1952, ele já
entrou em erupção mais de 35 vezes!
Fonte: Mega Curioso